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sábado, 4 de setembro de 2010

Labuta !!!

É, nao estamos aqui só a passeio mesmo nao... hehehe

A questão do trabalho aqui começa a preocupar  logo assim que se chega, quando você só gasta e vê suas economias dando tchau, mas quando se tem um planejamento e controle dos gastos dá pra saber até onde se pode ir. Pra gente, trabalho teria que fazer parte da nossa rotina mais cedo ou mais tarde, por razoes financeiras bem óbvias; mas com a condiçao de que fosse sempre compatível com os nossos planos de estudos. Isso porque pelo menos nos primeiros anos em que estivermos aqui, só trabalhar nao foi e ainda nao faz parte de nossas estratégias. Sendo assim, fomos atrás de algo que nos desse flexibilidade de horário. Sem medo de ir a luta e cair dentro do tal subemprego, que alguns brasileiros costumam denominar. Isto é um fato que já estavamos dispostos e preparados mesmo antes de sair do Brasil, arrumar uma labuta depois de devidamente instalados. Nossa idealizaçao de instabilidade financeira e profissional aqui nao é a curto prazo, mas sim a médio e longo prazo e por isso acho que temos traçado um caminho certo, indo devagar mas por um caminho sólido, porque nao queremos lá na frente ter que voltar e fazer algo que deveríamos fazer agora no início (estudar!). Quem pode se dar ao luxo de só estudar, ótimo, embora eu veja tb desvantagens dentro desta expectativa, mas de qualquer forma este nao era o nosso caso. Encaramos um trampo, ecomizamos um dinheiro, gastamos muito também... rsrsrs e nao nos arrependemos e nem temos vergonha de nossas ecolhas. Realmente ganho menos aqui do que no Brasil, mas vivo muito melhor do que vivia lá.

Aqui em Québec, percebo que se você está disposto a fazer qualquer coisa não vai te faltar emprego nao. Hoje tenho absoluta certeza de que fizemos muito bem em ter escolhido esta cidade para recomeçar a vida. Além de ser um lugar lindo e bom pra se viver, trabalho nao falta, desde que você tenha paciência e disposiçao.
Chegamos aqui em setembro e nao encontramos dificuldades de conseguir trabalho quando começamos a procurar a partir de novembro. Trabalho na minha área nao faltou oportunidade, nao era a das melhores, mas sinceramente nao me sentia segura para isso e nem estava afim de queimar o meu filme sabendo que nao tinha o francês ideal. Entao preferi procurar algo em lojas, restaurantes e comércios ao mesmo tempo em que melhorava o idioma. Como disse na época, trabalhei numa loja de departamento aqui durante o período de festas no final do ano passado e início deste ano, depois saí e fiquei só fazendo o curso de francês da ULaval e recebendo a bolsa (prêt et bourse).
Na mesma época, o Rogério estava trabalhando no restaurante dos idosos como plongeur (lavava as louças) o que permitia equilibrar o orçamento familiar e para ele também estudar francês. O que aconteceu depois? Quando chegou em jan/fev a oferta de mao de obra diminuiu consideravelmente e as horas de trabalho tb e ele acabava só trabalhando umas 3x por semana, sendo 2 delas no fim de semana. Vimos isso acontecer com muita gente e ainda bem que isto nao dura muito tempo nao. Lembrando que aqui ganhamos por hora. Foi aí que surgiu uma oportunidade, indicaçao de uma amigo, para trabalhar num restaurante bem conhecido aqui como aide-cuisinier (ajudante de cozinha). Caiu como luva, porque ele nao trabalharia final de semana, poderia continuar na francisaçao, o salário hora era maior do que no outro restaurante, além de ser bem menos cansativo. Ajudante de cozinha nao é igual no Brasil que faz tudo nao, aqui as tarefas sao bem divididas. Neste restaurante as tarefas consistem basicamente em preparar os alimentos para os cozinheiros no dia seguinte. Cortar legumes, frutas, verduras, separar em porçoes... O ambiente de trabalho neste restaurante é bem agradável e os brasileiros sao super bem vindos. Graças ao primeiro brasileiros que trabalhou lá e abriu as portas para os outros. A rotatividade dos brasileiros acaba sendo grande porque o pessoal fica lá enquanto estuda, faz francisaçao ou equivalências de diplomas, e volta e meia surgi oportunidades para quem esta chegando e/ou precisando. Pode parecer menos glamouroso do que trabalhar em um loja, mas além de ser menos cansativo ainda se ganha mais, disso tenho vivência para falar, como verao a seguir.

Continuando. Com esta nova oportunidade, o Rogério pediu dispensa do restaurante dos idosos, mas ficou trabalhando lá até o "ex-chefe" dele conseguir colocar alguém no lugar, mas se colocou a disposiçao, caso ele precisasse muito de alguém exporadicamente. Já que o cara tb tem um buffet e muitas das vezes que tem eventos na cidade ele é o resposável por prepar a comelância. Tem sido assim até o dia de hoje. O Rogério é uma espécie de coringa para ele, quanda aperta ou precisa cobrir alguém, ele dá uma ligadinha e pergunta se o Rogéerio esta disponivel, quando esta disponível e afim de trabalhar vai, e quando nao esta diz que nao vai e nem por isso o carinha fica com raiva dele ou coisas do tipo. Quando estava de férias na francisaçao, por exemplo, o Rogério trabalhou alguns dias lá cobrindo as férias de um outro funcionário, mas pediu na escala alguns dias de folga e finais de semana, que prontamente foram concedidas. Afinal, viemos pra cá pra ter qualidade de vida e tempo de lazer ou pra ficar de bobeira em casa pra gente é primordial, nem que seja o mínimo, já que no Brasil até o mínimo era dificil.

Como a demanda de mao de obra no inverno (mais em janeiro e fevereiro) caiu muito, cheguei a ficar preocupada de como seria este processo no verao, quando os estudantes entram de férias e vao todos procurar trabalhos temporários em shoppings, restaurantes, comércio e etc. No entanto, quando verao chegou percebi que tinha demanda e vaga pra todo mundo e eu acabei podendo escolher o que queria fazer durante o verao.

Após ter terminado o curso de francês da ULaval, precisava trazer renda pra casa e dessa vez me sentia mais preparada para trabalhar em alguma coisa dentro da minha área de formaçao. Cheguei a pensar a participar do programa PRIIME do emploi québec, recebi a carta de recomendaçao, fiz um excelente contato com uma instituiçao que estava interessada em me empregar, mas acabei desistindo porque neste programa eu tinha que fazer um contrato de pelo menos 6 meses de trabalho e eu nao poderia voltar aos estudos na sessao de outono (no final de agosto). Como o mestrado na minha vida já estava mais do que decidido, desisti dessa história de trabalho na minha área naquele momento. Além disso, estava com a cabeça voltada para o meu projeto de pesquisa que eu tinha um prazo para entregar (condiçao para admissao), além de um curso de ingles que tinha começado. No entanto, ainda precisando de dim dim e nao podendo deixar o maridao sobrecarregado com essa tarefa precisava pensar numa estratégia para levra renda pra dentro de casa. Foi aí que o restaurante onde o Rogério trabalha estava precisando de mais pessoas no verao como aide-cuisinier e eu me candidatei para engrossar o time. Nao ia de segunda a sexta nao, ia umas 3 ou 4x por semana e fazia umas 5/6hs de trabalho por dia, o que dava para eu conciliar com outras atividades da vida diária...hehehe. No entanto, volta e meia eu ainda dava uma olhadinha no emploi-québec para ver se tinha alguma vaga que correspondia as minhas expectativas, que naquela altura do campeonato eu já tinha aumentado o meu nível de exigência, já que estava bem satisfeita com o meu empreguinho temporário no restaurante. Vi muitas oportunidades pra trabalhar como intervenante social com uma clientela bem diversificada em suas opçoes, porém, eu nao queria trabalhar de madrugada, nem fins de semana, queria ganhar mais ou pelo menos a mesma coisa que do que eu ganhava no restaurante, um contrato de trabalho que me permitisse voltar a estudar na sessao de outono e que fosse na área que eu mais gostava. Parecia impossível achar minha vaga com tantos pré-requisitos que eu coloquei aos meus empregadores, né? rsrsrs Nem tanto! Para Deus, realmente nada é impossível, se isso fosse o melhor para mim eu saberia que a oportunidade iria surgir.
Até que surgiu a vaga perfeita no site do emploi-quebec, que se encaixava no meu perfil e no meu sonho de consumo a curto prazo. Enviei o meu CV e carta de apresentaçao por e-mail para o empregador, fui convocada para fazer uma entrevista e acabei sendo contratada para trabalhar como intervenante social num organismo de saúde mental, que funciona como um centro-dia para pessoas portadoras de transtornos mentais. Amo!

Ao contrário do que ouvia falar sobre a dificuldade de conseguir trabalho por nao ter uma experiência canandense, isso no meu caso nao interferiu em nada, pois a minha experiência profissional no Brasil foi considerada, valorizada e definitiva para a minha contrataçao aqui. Palavras dos que me contrataram. Nao tirei nada do meu CV, inclusive o período em que trabalhei aqui em loja.
Sobre o francês ideal... Quando acabei o curso na ULaval no final de abril, achei que ele estava tinindo! Hoje tenho consciência de que o francês ideal só daqui há uns pelo menos 3 anos de Québec. rsrsrs Leva tempo...muito tempo, mas isto é algo que tb já nao me inquieta mais...
Minha grande dificuldade sempre foi a compreensao oral, pricipalmente com todo este sotaque québécois o qual nao estamos acostumados. Costumo dizer que se minha chefe soubesse que no início eu entendia metade das coisas que ela falava, nao teria me contratado. Penso o seguinte, fiz uma entrevista, se o empregador me contratou com este francês que tenho a apresentar, entao voilá!...rsrsrs
Por outro lado, o meu instrumento de trabalho é a linguagem. Preciso falar bem, compreender bem e escrever bem. Sem dúvida nenhuma, trabalhar numa loja ou num restaurante era bem mais facil neste sentido. Agora eu trabalhava dentro de minha área de formaçao, isso tinha um peso pra mim e mais ainda porque trabalhava com pessoas que falavam de sentimentos, emoçoes, conflitos, coisas com e/ou sem sentido e todas as suas abstraçoes e concretudes. Precisava ter uma escuta atentiva, desenvoltura e atençao para as mil e uma coisas que aconteciam ao meu redor ao mesmo tempo. Participar das assembléias com os usuários, passeios, reunioes de equipe, estudos de caso, atendimento telefônico e individual. Nada muito diferente do que eu já fiz no Brasil, se nao tivesse a questao da língua. Os atendimentos individuais e as escutas telefônicas eram sempre mais fáceis, afinal naquele momento eu tinha ouvidos só para uma pessoa... hehehe. Eram quase 8hs por dia de falaçao, na primeira semana quase enlouqueci, a vontade que tinha era de sair da unidade dar um berro na rua e voltar. O cansaço mental era tao grande que o trabalho no restaurante ficou ainda mais moleza do que já era pra mim antes. Uma verdadeira loucura! No entanto, por ser uma área de trabalho que eu gosto, dentro do processo de cuidado que eu acredito, o fardo acabava sendo mais leve. Além de ter sido mais um desafio que vivemos aqui, foi uma grande experiência pessoal, profissional, para o meu francês e também para o meu mestrado.

A relaçao da equipe comigo foi bem surpreendente. Nada de gelo ou coisinhas do tipo. Recebi uma excelente recepçao e apoio e olha que eles nunca tinham trabalhado antes com imigrante. Meu contrato era até o final de julho e me pediram para ficar por mais um tempo. Combinei de ficar até a última semana de agosto antes do inicio das aulas no mestrado. Expliquei que precisava me dedicar exclusivamente ao mestrado pq para mim seria dificil por ser em outra lingua e eles entenderam perfeitamente. Aos usuários fiz promessas de voltar de vez em quando e fazer um petit tour (uma visitinha básica) de vez em quando.

Bem, é isso. Este post demorou mas saiu. "Foi mal" pelo tamanho, mas tentei escrever o mais importante e resumir o máximo possível.


"Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos."
( Lao Tzu )

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Salário Mínimo no Québec

Actualités Au Québec
Le salaire minimum passe à 9 $ l'heure
Jean-François Cyr

"le salaire minimum passe au Québec, de 8,50 $ à 9 $ de l'heure. Quelque 300.000 travailleurs québécois devraient bénéficier de cette nouvelle mesure. Cela signifie qu’une personne travaillant à temps plein au salaire minimum gagne désormais environ 16.800 $ par année. Quant au taux horaire pour les personnes à pourboire, il atteint désormais 7,75 $ à 8 $. Cette augmentation du salaire minimum a été entérinée mercredi par le Conseil des ministres. Elle avait par ailleurs été annoncée par l’ancienne ministre des Finances, Monique Jérôme-Forget, lors de la présentation du budget, le 14 janvier dernier. Le ministre du Travail, David Whissell, a affirmé que cette hausse permettra d'accroître le pouvoir d'achat des travailleurs à faible revenu. Il a ajouté qu'il s'agit aussi d'un moyen de lutter contre la pauvreté et l'exclusion sociale. En outre, ce serait, toujours selon le ministre, une façon de stimuler l'économie."

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Emprego no exterior nem sempre é golpe

Notícias UOL, 12/08/2008 - 10h59

Emprego no exterior nem sempre é golpe; veja como se proteger

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, cerca de 4 milhões de brasileiros estão morando em outros países e a mudança de endereço se deve às oportunidades de trabalho. Esse contingente ultrapassa a população da Paraíba, estimada em 3,6 milhões pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para quem quer se juntar a esse time, saber identificar se as ofertas de emprego no exterior são confiáveis é o primeiro passo antes de reservar a passagem e fazer as malas.

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) publicou até uma cartilha sobre o assunto, com conselhos para evitar que brasileiros caiam em armadilhas: "Em muitos casos, essas promessas [de trabalho] se revelam falsas, e os migrantes, principalmente mulheres, acabam envolvidos em redes de tráfico de pessoas, prostituição, trabalho forçado e violência", diz o documento do ministério.

Um das principais orientações do MTE é consultar os consulados do país de destino para obter mais informações sobre eventuais programas oficiais de trabalho.

Québec. O Canadá, por exemplo, recruta profissionais graduados e tecnólogos com conhecimentos de francês para a Província de Québec, que sofre com baixas taxas de natalidade (1,3% ao ano). O candidato não sai do país já com uma vaga certa, mas Soraia Tandel, agente de imigração do governo da Província, diz que em geral o brasileiro consegue um posto em menos de três meses.

"Mais de 3.000 brasileiros já participaram do programa, que está aberto a todas as profissões. Mas algumas têm carência maior e por isso incentivamos mais: bioquímico, químico, engenheiro, matemático, físico, assistente social e nutricionista", diz.

Para se candidatar é preciso preencher formulários, que estão na Internet, mandar uma lista de documentos e pagar uma taxa de US$ 390, que, segundo Tandel, refere-se à análise de toda a papelada.

Se a documentação do brasileiro for aceita, ele passará por uma entrevista, em São Paulo (SP) e em francês. "Ele [o candidato] vai desempregado, mas tem direito a mil horas de aulas de francês gratuitas e ao acompanhamento de uma pessoa de RH [Recursos Humanos], que o ajuda a conseguir a vaga", afirma a diretora. O selecionado pode então pedir visto de residente permanente e, se aceito, depois de três anos vivendo no país, tem direito à cidadania canadense.

'Vou e fico':
Paula* já passou pela entrevista e agora espera conseguir o visto permanente. Como ela ainda não foi aceita, prefere não se identificar, porque está trabalhando no Brasil, na área de informática, e ainda não avisou à empresa de seus plano de imigração. Ela conta que nessa etapa de obtenção do visto deve gastar cerca de R$ 2.000, com taxas e consulta médica. Mas diz que o custo vale a pena, porque quer construir a sua carreira no Canadá, mesmo sabendo que deve começar em um posto inferior ao que tem hoje. "Isso vai ocorrer porque ainda não domino plenamente o francês e não tenho experiência no mercado de trabalho canadense, o que para eles conta muito." Então, por que imigrar? "É um conjunto: pela segurança, pela qualidade de vida e também porque sempre tive a vontade de morar fora. Vou e fico. Minha família me apóia. Eles vão ter de segurar a saudade", diz.
(*Nome fictício)

Fonte: http://noticias.uol.com.br/empregos/ultnot/2008/08/12/ult880u7192.jhtm

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Correio da Bahia - Emprego no Canadá

Mais uma reportagem sobre a busca de trabalhadores qualificados para o Canadá, desta vez foi publicado no "Correio da Bahia".

Oportunidades de trabalho em diversas áreas e bons salários atraem brasileiros para a província do Quebec
Mônica Bichara

Profissionais brasileiros, com nível superior completo nas mais diversas áreas do conhecimento, com pelo menos três anos de experiência e domínio do idioma francês, têm grandes chances de conseguir a imigração legal na província do Quebec, a maior do Canadá, trabalhando com remunerações bem superiores à média praticada no Brasil. Para os formados em letras (com especialização em tradução e intérprete), química, matemática, ciências da computação, engenharia e serviço social, as oportunidades são tantas que dificilmente um candidato que preencha os requisitos demorará para encontrar um bom emprego. Aliada às oportunidades de trabalho, o profissional encontra ainda a possibilidade de levar a família e conseguir a cidadania canadense após três anos de permanência no país.

O salário mínimo em Quebec é de US$7,60 por hora, mas com os incentivos à imigração podem chegar a US$35 por hora, a depender da especialização. O interesse em atrair brasileiros é tanto que o governo da província canadense, que concentra 25% da população do país, instalou um escritório em São Paulo para facilitar o processo de seleção. Segundo a diretora Soraia Tandel, brasileira que imigrou para Quebec e hoje tem dupla cidadania, a maior demanda é por profissionais de nível superior completo, mas existem vagas também para o nível técnico. Por ano, ela estima que de 800 a mil brasileiros embarquem rumo a Quebec.

Ao contrário de outras opções de trabalho no exterior, com vagas sobretudo para funções de serviços gerais e entretenimento, no Canadá as oportunidades são para as áreas de atuação dos candidatos. “É importante ficar claro que não se trata de subemprego”, ressalta Soraia, frisando que a renda per capita local é de US$25 mil por ano, podendo chegar a até US$43 mil, a depender da carreira e da qualificação.

Soraia Tandel deixa claro que os estrangeiros seguem para Quebec sem o emprego assegurado, mas contam com todo o suporte do governo local para encontrar trabalho. “Com três meses, a maioria já está empregada”, observa, acrescentando que os imigrantes têm assegurados todos os direitos trabalhistas, como 14º salário, assistência médico-hospitalar e previdenciária, e outros benefícios extensivos à família (cônjuge e filhos). Outro diferencial é que não há concorrência entre candidatos por vagas, todos são aceitos desde que preencham o perfil buscado pelo governo da província canadense.

Os candidatos devem ter idade, preferencialmente, até 35 anos e não há restrições em relação ao estado civil. Eles viajam com visto de residente permanente e após três anos de estadia podem solicitar a cidadania canadense.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quebec busca profissionais de TI

Informática, uma das áreas de maior demanda profissional no Canadá.

A matéria abaixo foi publicada hoje no site "Baguete"
30/05/2008 17:20 - Maurício Renner

A província canadense do Quebec está de portas abertas para profissionais de TI brasileiros decididos a emigrar.

Para candidatar-se é necessário ter diploma superior reconhecido na área pelo governo local, conhecimento intermediário da língua francesa e experiência profissional comprovada. Idade até 35 anos é preferencial.

“Indicamos as vagas, auxiliamos na elaboração de currículos e de cartas de apresentações. Inclusive preparamos o candidato para entrevistas”, revela Soraia Tandel, diretora do escritório de imigração do Quebec em São Paulo.

Soraia destaca que com um intensivo de 150 horas já é possível ter o conhecimento de francês exigido e que, uma vez em solo canadense, os selecionados terão outras mil horas de aulas do idioma.

O curso faz parte de uma política de incentivo à imigração, que já levou 1,5 mil profissionais brasileiros de diversas áreas para a região. Ela ínclui perfis nas áreas de Humanas, Exatas e Saúde.

O imigrante tem direitos trabalhistas, como assistência médico-hospitalar, previdenciária e até 14 salários/ano, entre outros benefícios extensivos também a familiares (esposa e filhos). Após três anos de residência, é possível solicitar a nacionalidade canadense, que permite manter o passaporte brasileiro.

Os cerca de 12 mil profissionais que trabalham na área de TI no Quebec têm salários que ficam na casa dos R$ 41,6 por hora para iniciantes, entre R$ 56 e R$ 64 para nível médio e acima de R$ 72 no topo. A jornada de trabalho é de sete horas diárias.

A taxa de inscrição no processo seletivo é de R$ 624, mais R$ 240 pela esposa e cada filho, se houver. O site relacionado Emploi Quebec disponibiliza um teste online para quem quer averiguar se tem o perfil. “Mais de 90% dos que se apresentam são aprovados”, afirma Soraia.

Há motivos para tanta receptividade aos imigrantes. A província canadense, com uma área equivalente a região Sul do Brasil mais Rio de Janeiro e São Paulo, tem 7,5 milhões de habitantes, uma densidade populacional de 5,4 por quilometro quadrado, ligeiramente inferior à do Pará. “A falta de população entrava o crescimento da economia”, resume Tandel.

Também há motivos políticos. Com 80% da população de origem francesa – duas vezes chegou a ser votada uma possível separação do Canadá, com derrotas apertadas para os separatistas –, o Quebec tem no francês seu único idioma oficial.

Há temor que a identidade cultural da região se perca, frente aos 35 milhões de falantes do inglês no Canadá e aos 270 milhões dos Estados Unidos.


Além da matéria acima, ontem saiu outra matéria no jornal online "InfoOnline" divulgando vagas na área de informática em Québec.
"Québec quer profissionais brasileiros de TI"